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Amazônia

Extração ilegal de madeira cresce na Amazônia

Área de retirada sem aval dos órgãos responsáveis aumentou 19% em um ano, o equivalente a 350 campos de futebol por dia,diz o jornal O Estadão de São Paulo

A área com extração ilegal de madeira na Amazônia cresceu 19% em um ano, passando de 106 mil hectares entre agosto de 2021 e julho de 2022 para 126 mil hectares entre agosto de 2022 e julho do ano passado. O total equivale à retirada de madeira em 350 campos de futebol por dia sem autorização dos órgãos ambientais. De toda a madeira ilegal, 16% foram retirados em territórios indígenas, áreas sob proteção federal.

Os dados, apresentados quarta-feira( 9.out.2024, em Brasília, no 8.º Fórum de Soluções em Legalidade Florestal – O Futuro das Florestas na Amazônia, foram compilados pelo Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), a cargo de uma rede de organizações de pesquisa ambiental. As áreas de exploração madeireira foram identificadas e mapeadas por meio de imagens de satélite e contrapostas às autorizações de exploração emitidas pelos órgãos ambientais.

O Simex é o principal indicador da atividade madeireira legal e ilegal na região amazônica. Os índices reúnem informações de sete Estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima). No total, a área de florestas nativas explorada para fins madeireiros foi de 366 mil hectares – 65% de forma legalizada. Mato Grosso liderou em extensão de área florestal dedicada à exploração madeireira.

Este ano, só na Amazônia, a Polícia Federal realizou 41 operações antidesmate, extração ilegal de madeira e outros crimes ambientais. Muitas dessas ações foram em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com forças de segurança estaduais.

O governo do Mato Grosso informou que, só no primeiro semestre deste ano, foram deflagradas pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente da Polícia Civil mais de 30 operações para proteção da flora e da fauna em 900 mil km2 de território mato-grossense. Foram abertas mais de 270 investigações, sendo instaurados 125 inquéritos. Em agosto, a Operação Madeira de Pedra apreendeu dez cargas de madeira retirada de unidade de preservação e prendeu seis pessoas no município de Comodoro, noroeste do Estado.

O governo do Pará informou que, de janeiro a julho, mais de 5 mil hectares foram embargados por atividade madeireira ilegal, a maioria no âmbito das operações “Curupira” e “Madeira Viva”, das polícias Civil, Militar e Cienfíca. Outras ações foram realizadas em apoio ao Ibama e Polícia Rodoviária Federal, como a que apreendeu dois caminhões que levavam 100 m3 de madeira ilegal, na BR-230, no Maranhão, no último dia 7. A carga saiu do Pará e informações trocadas com a PM paraense permitiram à PRF interceptar a madeira ilegal.

No Amazonas, as forças estaduais trabalham de forma autônoma ou em cooperação com o Ibama e a PF para coibir a extração ilegal de madeira e outros crimes ambientais. No dia 7 de agosto, cinco homens foram presos em Manicoré (a 332 km de Manaus), em ação da Polícia Civil contra madeireiros clandestinos. Também foram realizadas operações com a Marinha do Brasil e Fundação Nacional do Índio (Funai) para fiscalizar e coibir o transporte ilegal de madeira em terras indígenas.

O governo de Rondônia informou que a Polícia Militar realiza operações conjuntas com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para combater crimes ambientais como o desmatamento e extração ilegal de madeira. Algumas ações, com foco em terras indígenas, tiveram participação do Ibama, da PRF e do Exército brasileiro.

A reportagem completa é do Estadão e pode ser acessada pelo link a seguir:

https://www.estadao.com.br/sustentabilidade/onde-a-extracao-ilegal-de-madeira-cresce-na-amazonia/#:~:text=Esses%20postos%20agora%20est%C3%A3o%20ocupados,atingida%20entre%20as%20%C3%A1reas%20protegidas.
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