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Joe Biden em vista ao Amazonas sobrevoou Manaus, visitou o Museu da Amazônia (Musa), e fez declaração à imprensa

Ao todo, sete helicópteros decolaram do aeroporto para o sobrevoo de Biden, que durou 35 minutos

O presidente dos EUA,Joe Biden deixou o Air Force One diretamente para o helicóptero Marine One, do qual avistou a Amazônia. Após visita panorâmica, o presidente americano pousou novamente no aeroporto Eduard Gomes e seguiu para o Museu da Amazônia(Musa), acompanhado da filha Ashley Biden e da neta Natalie Biden.

Entre as áreas escolhidas para o sobrevoo, foram sinalizadas partes da floresta que sofreram com fogo e erosões, além do encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Biden foi acompanhado no voo pelo cientista Carlos Nobre, da USP (Universidade de São Paulo).

O climatologista é conhecido mundialmente por seus estudos na região da Amazônia, na liderança de pesquisas sobre os impactos climáticos do desmatamento. Foi um dos autores do quarto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que recebeu o Nobel da Paz em 2007.

Além de Nobre, Biden foi recepcionado na pista do aeroporto pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), pela embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e pela chefe do escritório da representação do Itamaraty na região Norte, Maria Deize Camilo Jorge. Ela foi a única representante do governo federal na recepção.

Houve também um encontro com lideranças indígenas e outros pesquisadores que atuam com questões relacionadas ao bioma amazônico durante a sua passagem pelo Musa.

Em discurso no museu, Biden citou o seringueiro e ambientalista brasileiro Chico Mendes (1944-1988) e disse, que ninguém pode reverter a transição energética nos EUA.

“É verdade que alguns podem tentar negar ou atrasar a revolução da energia limpa que está em andamento na América. Mas ninguém, ninguém pode reverter isso. Ninguém.”

Nesta manhã, antes do pouso do Air Force One, o governo americano anunciou que o país vai aportar mais US$ 50 milhões (R$ 289,5 milhões) no Fundo Amazônia, destinado à conservação da floresta no Brasil.

O montante se soma a outros US$ 50 milhões prometidos pelos EUA em fevereiro de 2023, por ocasião da visita do presidente Lula (PT) ao país, no início da atual gestão do petista.

Na visita a Manaus, Biden anunciou também que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024.

Isso, segundo a Casa Branca, torna “os Estados Unidos o maior provedor bilateral de financiamento climático do mundo”, com “um aumento de mais de seis vezes em relação ao US$ 1,5 bilhão em financiamento climático que os EUA forneceram no ano fiscal de 2021”.

Na visita no Musa, o presidente dos Estados Unidos foi acompanhado pelo diretor-geral da instituição, Filippo Stampanoni, e pelo diretor do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Henrique dos Santos Pereira.

Biden, ao conhecer a instituição, foi recepcionado pelas lideranças indígenas Kelliane Wapichana, que atua em Roraima, Altaci Kokama e Simone Xerente, que integra uma brigada contra fogo na floresta composta por mulheres.

No fim da fala à imprensa, ele apelou para a preservação da Floresta Amazônica para o “benefício de toda a humanidade”. “Vamos preservar esse local sagrado para o nosso tempo e para sempre”, finalizou.

Com essa curta visita, Biden tornou-se o primeiro chefe norte-americano em exercício a visitar a região da Amazônia.

No discurso, Joe Biden destacou esse feito: “Hoje, tenho orgulho de estar aqui. O primeiro presidente em exercício dos Estados Unidos a visitar a floresta, comprometido a salvar as florestas”.

Biden afirmou que não é necessário escolher entre a economia e o clima, pois é possível “fazer as duas coisas”.

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