Ação contra vendedor ambulante no Centro foi um insulto de servidores da prefeitura de Manaus
Sob a alegação de que precisa “ordenar” o centro de Manaus, a prefeitura tira ambulantes “na marra” das ruas e apreende suas mercadorias.

A Guarda Municipal de Manaus, da prefeitura de Manaus, promoveu um ato de selvageria ontem (13), no Centro de Manaus, sob a alegação de ordenar a condição do comércio ambulante.
A retirada, por si só, já é uma ação degradante, principalmente quando o trabalhador busca ganhar o pão de cada dia vendendo aquele produto ao ar livre. Dói mais ainda ver o seu bem, o seu produto, a sua mercadoria ser tomada num assalto, ser “arrancada”, destruída, espatifada e jogada no meio da rua por servidores públicos quando poderia ser encontrada outra forma mais humana de se fazer cumprir a tal medida.
O pedido de desculpa feito hoje (14) pelo prefeito de Manaus, David Almeida, é muito pouco. Era de se esperar uma atitude mais enérgica contra o “modus operandi”, como nos velhos tempos do “rapa”, tão combatido em outras épocas, ainda que fosse para organizar o logradouro para turista ver. O reordenamento dessas áreas se faz necessário, sim, mas não precisa humilhar pais e mães de famílias sem antes buscar um meio que vise ampará-los com atenção, qualificando-os e encaminhando-os para uma solução de modo que cada um deles possa sustentar a sua família. É obrigação do poder público buscar, incansavelmente, o abrigo dessa gente, em vez de expô-la do jeito que a Guarda Municipal conseguiu fazer, revoltando e afrontando cada um de nós. Está sob seu comando a responsabilidade do reparo da ação, prefeito David Almeida.