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Amazonas

Policia Civil esclarece portaria que regulamenta e centraliza a comunicação na Delegacia Geral.

Para o delegado-geral Bruno Fraga, a medida não tem objetivo de censurar jornalistas nem impedir o acesso da população às informações sobre investigações em andamento

Delegado_Geral Bruno Fraga,da Polícia Civil – Imagem:Reprodução

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) esclareceu nesta quinta-feira (24/07)  o modo de operar de uma portaria interna que altera a forma como delegados e agentes concedem entrevistas aos veículos de comunicação. A medida, segundo o delegado-geral Bruno Fraga, não visa censurar jornalistas nem impedir o acesso da população às informações sobre investigações em andamento.

A nova regra, publicada no dia 23 de junho, estabelece que qualquer posicionamento oficial da instituição deve ser dado exclusivamente na sede da Delegacia Geral, e apenas com autorização expressa da cúpula da corporação.

Durante entrevista coletiva, Fraga explicou que o objetivo principal é padronizar a comunicação e impedir distorções que prejudiquem o trabalho policial. “Antes, alguns delegados tomavam a iniciativa de convocar entrevistas sem alinhamento com a assessoria de comunicação. Isso criava ruídos entre as delegacias e os veículos de imprensa, e atrapalhava a estratégia investigativa”, pontuou o delegado-geral.

A portaria estabelece que em casos de grande repercussão, somente o delegado-geral pode se manifestar publicamente em um primeiro momento. Apenas depois disso, o responsável pela apuração poderá dar entrevista — e mesmo assim, somente com a aprovação da alta gestão da Polícia Civil.

Bruno Fraga defendeu que a nova diretriz representa um avanço na profissionalização da comunicação institucional. Segundo ele, a medida busca garantir tratamento igualitário aos órgãos de imprensa, impedindo que determinados veículos sejam privilegiados em detrimento de outros.

“Hoje nós temos diversos veículos de comunicação e não podemos preterir qualquer veículo em razão de um outro. O fundamento da portaria é tão somente para que a assessoria de comunicação [da PC-AM] tenha conhecimento acerca de todos os fatos que estejam sendo distribuídos para a imprensa. Não há e nunca haverá qualquer impedimento à atividade dos jornalistas. Em momento algum houve ou haverá impedimento do exercício do jornalismo”, afirmou Fraga.

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