O poder de se reconstruir: as lições de Rossandro Klinjey
Em suas palestras e livros, o psicólogo convida o público a encarar o autoconhecimento como caminho de equilíbrio e propósito

Fenômeno nas redes e nos palcos de eventos corporativos e educacionais, o psicólogo paraibano Rossandro Klinjey transformou a experiência de mais de duas décadas de clínica e sala de aula em um projeto de impacto nacional em saúde mental e educação emocional. Com linguagem acessível e forte presença digital, ele se consolidou como uma das vozes mais influentes do país quando o assunto é equilíbrio emocional, família e desenvolvimento humano.
Formação e raízes na Psicologia
Graduado em Psicologia e com mestrado na área, Rossandro construiu sua base profissional na clínica e na docência universitária, atuando em disciplinas ligadas ao desenvolvimento humano, personalidade, infância e saúde. O trabalho em saúde coletiva e psicologia clínica marcou a base de sua atuação, com cerca de 20 anos de atendimento em consultório antes de se dedicar integralmente às palestras, livros e projetos de educação socioemocional.
Ao longo da trajetória acadêmica, ele transitou por campos em que a Psicologia dialoga com gestão e políticas públicas, o que ampliou o olhar para os impactos sociais da saúde mental, especialmente em educação e trabalho. Essa combinação de experiência clínica, docência e gestão ajudou a construir o repertório que hoje sustenta suas análises sobre comportamento, relações humanas e sofrimento psíquico no cotidiano.
Saúde mental em linguagem simples
Rossandro ganhou projeção nacional ao traduzir conceitos complexos da Psicologia para uma linguagem simples, voltada às famílias, educadores e ao grande público. Em suas falas, temas como ansiedade, depressão, traumas de infância, relações abusivas e autoperdão aparecem sempre conectados ao dia a dia de quem trabalha, cuida dos filhos, enfrenta lutos ou tenta reorganizar a própria história emocional.
Mestre em saúde coletiva, ele construiu uma abordagem que parte da realidade concreta das pessoas e busca reduzir o estigma em torno de sofrimento psíquico, incentivando a busca por ajuda profissional e o fortalecimento das redes de apoio. Ao mesmo tempo, reforça a importância do autoconhecimento e da responsabilidade afetiva, seja na criação dos filhos, na vida a dois ou no ambiente de trabalho.
Professor, escritor e referência em educação emocional
Além de psicólogo clínico, Rossandro foi professor universitário por mais de uma década em cursos de Psicologia, Administração, Marketing, Educação e Medicina, sempre com ênfase em temas ligados ao desenvolvimento humano e às relações interpessoais. Hoje atua como professor convidado em cursos e programas de pós-graduação que aproximam evidências acadêmicas do debate público sobre bem-estar e saúde mental.
Autor de livros sobre perdão, felicidade, educação de filhos e autoencontro, acumula títulos que se tornaram best-sellers no segmento de desenvolvimento pessoal. Em cursos e imersões, seu instituto já formou milhares de alunos em diferentes países, em programas voltados a autoestima, amor-próprio, gestão de emoções e reconstrução emocional após experiências de dor.
A virada digital e o impacto nas redes
A partir da circulação de seus vídeos nas redes sociais, Rossandro passou a alcançar audiências de milhões de pessoas, consolidando-se como um dos principais comunicadores brasileiros em saúde mental. Hoje ele soma grande número de seguidores em plataformas como Instagram, YouTube e Facebook, onde comenta desde conflitos familiares até exaustão emocional no trabalho, sempre articulando ciência psicológica, espiritualidade e cotidiano.
Essa visibilidade digital abriu espaço para participação frequente em programas de TV e rádio, além da atuação como consultor em pautas relacionadas a família, educação e desenvolvimento emocional. Em paralelo, ele leva a mesma linguagem direta das telas para auditórios lotados em escolas, empresas, órgãos públicos e grandes eventos, dentro e fora do Brasil.
Quando a fala de Rossandro encontra a realidade de Manaus
Em Manaus, o debate que Rossandro Klinjey leva aos palcos e às redes encontra um cenário de alerta em saúde mental, tanto entre trabalhadores quanto entre estudantes. Levantamentos divulgados nos últimos anos apontam a capital entre as que registram alta presença de sintomas de depressão e ansiedade, com impacto direto na rotina de famílias e na aprendizagem de crianças e adolescentes.
Entre os trabalhadores, os transtornos mentais já figuram entre as principais causas de afastamento do emprego formal em Manaus, atingindo milhares de pessoas em poucos anos. Na rede municipal de ensino, os casos de licença por saúde mental entre professores cresceram de forma significativa em período recente, evidenciando um cotidiano marcado por sobrecarga, violência simbólica e condições de trabalho que adoecem quem está na linha de frente da educação.
Educação socioemocional e desafios contemporâneos
Diante desse quadro, a defesa que Rossandro faz de uma educação socioemocional estruturada, com apoio às escolas e fortalecimento das redes de cuidado, dialoga diretamente com os desafios da capital amazonense. A ideia de que não há aprendizagem plena sem considerar emoções, autoestima e contexto familiar aparece como eixo central de suas propostas.
Na prática, isso significa olhar para a escola como espaço de proteção e não apenas de transmissão de conteúdo, algo especialmente relevante em cidades onde a violência, a desigualdade e a precarização do trabalho atravessam o dia a dia de alunos e professores. Ao aproximar ciência psicológica, espiritualidade e políticas de cuidado, Rossandro oferece ao debate em Manaus um repertório que ajuda a compreender o sofrimento psíquico, mas também a construir caminhos concretos de acolhimento e prevenção.
Abaixo vão 6 perguntas e respostas pensadas no estilo do Rossandro
1. Ansiedade
– A ansiedade virou “normal” no dia a dia. Quando é hora de se preocupar?*
A ansiedade faz parte da vida, é um sistema de alerta que ajuda a nos proteger. O problema é quando esse alerta não desliga nunca: o corpo vive em estado de tensão, o sono piora, a mente acelera e a pessoa começa a evitar situações simples, como sair de casa, falar em público ou tomar decisões. Nessa hora, não é mais “jeito de ser”, é sinal de sofrimento, e buscar ajuda profissional deixa de ser opção para virar necessidade.
O que uma pessoa ansiosa pode fazer hoje, de forma prática, para começar a aliviar esse peso?*
O primeiro passo é reconhecer o que está sentindo sem se culpar, porque culpa só aumenta a ansiedade. Depois, é fundamental criar pequenas rotinas de cuidado: respirar fundo algumas vezes ao dia, organizar melhor o sono, limitar o bombardeio de notícias e redes sociais e, se possível, conversar com alguém de confiança sobre o que está acontecendo. Se os sintomas persistirem, psicoterapia e acompanhamento médico são caminhos seguros para devolver à mente a sensação de chão.
Depressão
Muita gente confunde tristeza com depressão. Como diferenciar uma coisa da outra?*
Tristeza é uma resposta natural a perdas, frustrações e mudanças; ela vem, dói, mas costuma ir embora quando a situação melhora ou o tempo passa. A depressão, ao contrário, é uma dor que se prolonga, tira a cor das coisas que antes faziam sentido, mexe no apetite, no sono, na energia e, em muitos casos, faz a pessoa perder o interesse pela própria vida. Não é falta de fé, preguiça ou fraqueza de caráter; é uma doença séria que precisa de tratamento e cuidado.
Como familiares e amigos podem apoiar alguém com depressão sem minimizar o sofrimento?*
A melhor ajuda começa com escuta e respeito: evitar frases como “força”, “anima” ou “tem gente pior que você”, porque isso silencia a dor de quem já está sofrendo. Estar presente, acompanhar em consultas, lembrar de tomar a medicação, ajudar em tarefas simples e incentivar, com delicadeza, a continuidade do tratamento faz enorme diferença. Quando a pessoa sente que não está sozinha, o caminho da recuperação, embora difícil, deixa de parecer impossível.
Traumas de infância e relações abusivas
– De que forma traumas de infância e relações abusivas marcam a vida adulta?*
A infância é o lugar onde se escreve boa parte da nossa biografia emocional: ali aprendemos se somos dignos de amor, se o mundo é seguro e se podemos confiar nas pessoas. Quando essa fase é marcada por violência, humilhação, abandono ou por relações abusivas, a criança muitas vezes cresce acreditando que não merece ser bem tratada e repete esse roteiro em amizades, namoros, casamentos e até no trabalho. Olhar para essas marcas com ajuda profissional não é “culpar os pais para sempre”, mas compreender de onde vêm certos padrões para poder interrompê-los.
Como começar a sair de um ciclo de relações abusivas e caminhar para o autoperdão?*
Romper com uma relação abusiva exige duas coisas difíceis: reconhecer que aquilo é abuso, e admitir que se permitiu ficar nesse lugar por mais tempo do que gostaria. O autoperdão nasce quando a pessoa entende que, muitas vezes, escolheu a partir da história de dor que carregava, sem ferramentas emocionais melhores. A partir daí, o processo não é de se condenar, mas de aprender: buscar apoio, fortalecer a autoestima, estabelecer limites claros e construir novas referências de relação saudável. Autoperdão não apaga o passado, mas devolve à pessoa o direito de escrever um futuro diferente.
Matéria gerada com apoio de IA.com supervisão e responsabilidade humana da Redação do Portal Zona Franca
