Redução das famílias e custo puxam demanda por imóveis menores
Valor dos aluguéis e busca por moradia em regiões mais centrais, próximas do trabalho ou bem-servidas de transporte público acentuam tendência

A demanda por imóveis menores tem crescido gradualmente ao longo dos anos, movimento influenciado pela mudança do perfil das famílias, que estão menores e querem viver em bairros mais centrais ou próximos do trabalho e de transporte. O alto custo do aluguel também tem sido decisivo na hora de realizar o sonho da casa própria.
A avaliação de muitas famílias tem sido de que é melhor pagar prestação de um imóvel menor, que ofereça alguns serviços e boa localização, que morar com mais espaço, mas refém do reajuste do aluguel, que tem ficado acima do IPCA.
A tendência já vem sendo captada pelo Banco Central e pela Caixa Econômica Federal e tem demandado ajustes na estratégia de negócios das empresas. Segundo dados do BC, a metragem total dos imóveis financiados no país encolheu 12,75% entre outubro de 2018 e outubro de 2024, passando de 82,78 m2 para 72,22 m2, na mediana.
O pico do tamanho de imóveis foi observado em janeiro de 2019, quando as unidades financiadas tinham, na mediana, 105,59 2.
Os dados também mostram queda na chamada área privativa – espaço ocupado exclusivamente pelos moradores da unidade. No mesmo período, a mediana foi de 60,62 m2 para 56,98 m2, queda de 6%.
Segundo dados repassados pela Caixa ao Valor, os contratos para financiamento de imóveis com até 40 m2, que representavam 5,8% do total de contratos em 2019, saltaram para 10,83% em 2024.
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